26 de ago. de 2013

Onde Cabe o Eterno...






Tudo começou assim...
Ele caminhava em total descompasso. Parecia um pássaro livre, leve e solto... Louco para pousar naquele jardim que de longe avistara.
Foi se chegando pouco a pouco para não assustá-la de tanto encanto!

Era amizade, paixão, amor?
No inicio nunca se sabe quando um sentimento surge tão de repente numa estrada de mão dupla e numa recíproca tão verdadeira.

 Uma emoção quase a olho nu os invadira. Era como se pudessem tocar o abstrato, o céu, as estrelas...
Olhares tão doces, que faziam com que aqueles corações saltassem dentro deles.
...
Era algo forte que antecedera às primeiras palavras.
Bastou um oi para o sentimento se aflorar ainda mais entre os dois.
Momentos inesquecíveis foram marcados por emoções jamais sentidas antes. Mas ele, por motivos que nunca se soube, se afastou deixando um silêncio gritante, reticências, interrogações e muitas lacunas por preencher.

Apesar dos dois não se prometerem nada, ela o esperava incessantemente.
Uma espera quase eterna aos esperançosos olhos dela.

Os ponteiros pareciam parados. As noites eram dormidas de sonhos.Os dias, cada vez mais longos.
 [...]

Finalmente, quebra de silencio.
Um reencontro por acaso. Um olhar. Pouca conversa. Troca de telefone...

O primeiro toque, quase interrompido como se houvesse pressa. E um emotivo alô de ambas as partes.
Gaguejavam algumas palavras numa linguagem tão tímida quanto confusa. As palavras fugiam como se estivessem amedrontadas. Nada foi dito do que planejaram. Parecia mais pisarem em nuvens...
Naquele momento, era tão somente emoções.

Com o passar do tempo, aproximavam-se cada vez mais, com desejos intensos de se falarem, de se ouvirem, de se tocarem... Mas tamanha era a timidez dos dois...
 [...]

Um belo dia, eles decidiram deixar de lado toda aquela timidez que só atrapalhava. Não perderam a oportunidade de serem sinceros um com o outro. Foram direto ao ponto. Dessa vez, nitidamente.

A cumplicidade era explícita entre eles. As palavras saltavam junto à respiração. Porem dessa vez, era diferente. Era mais tranquilo, sereno...

Parecia tudo tão simples! Mas não era...
Falavam como se cantassem uma canção de amor jamais ouvida.Conjugavam em uníssono o verbo mais bonito, como se recitassem poesias líricas. Uma conjugação absolutamente sincera. A dois...

Eles eram diferentes sim. Pouca coisa em comum os unia. Mas o amor era tão grande, que a diferença era o que menos importava.  A paixão os tornavam cúmplices enquanto o amor invadia e os consagravam. Eles não se cabiam de felicidade. Começava ali então, uma linda história de amor!

Embora naquele momento, sentiam e ouviam coisas comuns entre os apaixonados como as tais borboletas no estômago, sinos tocando e etc. , tudo ainda parecia efêmero.

Talvez nem tudo possuísse o além ao infinito. Mas já se percebia que era apenas o inicio de algo sublime, desmedido, inapagável. E quem sabe, eterno? Afinal o eterno cabe dentro do imensurável, seja este, um momento ou uma vida inteira.

(Lu Nogfer)

16 de ago. de 2013

Dica de Leitura

A leitura é uma fonte inesgotável de prazer... 
Carlos Drummond de Andrade

Olá gente atitude,

Vamos falar de leitura? E leitura das boas!

Pois é, hoje eu tenho uma dica supimpa de leitura! Em especial para as mulheres, mas para os homens também, pois além de abordar vários assuntos peculiares que interessam também ao homem, ele pode presentear a mulher que tanto admira! Afinal qual é a mulher que não gostaria de ser presenteada com um mimo tão precioso? Digo mimo porque é uma leitura cheia de delicadezas a encantar o universo feminino.
Bom, então vamos parar de enrolar e falar do livro!


O livro "Elas", tem como autor, o escritor Moacir Willmondes. Um grande cronista, admirador do universo feminino.

Eu não sou expert em descrever sinopses ou resenhas, mas posso adiantar que são crônicas que desvendam a aura feminina de um jeito que só lendo para saber do que estou falando!

Ele fala com admiração em todas as formas de mulheres de um jeito sutil e poético, com a leveza de um pássaro livre.  As palavras simplesmente deslisam e afagam o "nosso" ego. Sem contar, que vez ou outra tem uma expressãozinha deixando escapar uma pitada de humor com a maior naturalidade, só pra você abrir um mero sorriso enquanto lê!

 Uma leitura deliciosa que eu garanto que você vai amar. Pois tem sido o meu livro de cabeceira. E quanto mais eu leio, mais eu tenho gosto em ler. Na verdade, já estou no final deste livro e já de olho nos próximos que estão para sair. Confiram!

Gostoso ler livros que deixam aquele gostinho no ar e aquela vontade de arranjar um tempinho para ler as próximas páginas, não é mesmo? Ao meu ver, esta é a característica principal dos textos do autor.

Então por hoje é isso, pessoal. Boa leitura a todos!

E ao Moacir, quero parabenizar pelo primoroso trabalho. E que venham muitos e muitos outros!
Muito sucesso nessa trilha bonita que inicia.

Deixo um trechinho do livro:

"Ela já aprendeu as artimanhas da conquista. Sabe a peça de roupa que lhe cai bem, sabe a hora certa de ser faceira no caminhar, sabe fisgar com o olhar ou fazer cara feia para afastar, sabe viver."
(Moacir Willmondes- Texto: Desinibidas- pg 78)

10 de ago. de 2013

Pai, que amor é este...


Pai, que amor é este que sentes por mim?
 Qual é o segredo para amar tanto assim?
 Tento entender este amor e não acho jeito
 Insisto em explicá-lo, mas não sei direito
 Pois o teu amor é tão complexo, é diferente
 É o amor que não se explica, apenas sente…
 Pai, que amor é este? Conta-me com carinho
 Sobre este amor que nunca me deixa sozinho
 Que nos desalentos e nas aflições desta vida
 Vem ao meu encontro com a mão estendida
 Que na hora mais difícil, na minha indecisão
 Como uma bússola, posso sentir teu amor
 Apontando o caminho que me faz vencedor
 E quando estou só, à procura de um amigo
 Nos teus braços encontro o meu abrigo
 E na tua sabedoria a palavra mais certa
 Onde eu posso ver uma porta sempre aberta
 E com segurança, eu posso por ela entrar…
 Pai, que amor é este? Conta-me paizinho querido!
 Fala deste amor, que às vezes chora escondido
 Que mesmo a distancia, parece estar presente
 E me torna especial no meio de tanta gente…
 Pai, que amor é este? Eu só poderei entendê-lo
 Olhando para o calvário, para o amor modelo
 Onde por amor, Cristo se deu pela humanidade
 Alí eu encontro a explicação e a verdade
 O teu amor é uma fagulha do amor de Cristo
 É ele que ascende dentro de ti e de mim
 A chama do amor, que jamais terá fim…

Autora: Norma Penido

Pai, que o amor entre você e teu filho, seja como descrito neste poema: imenso e incondicional!

FELIZ DIA DOS PAIS!

8 de ago. de 2013

Como Uma Brisa


“Que o vento venha desnudo de armaduras.
Que não derrube as coisas boas.
Que venha vestido de paz.”

(Lu Nogfer)


PS:Post programado. Vamos ver se dessa vez dará certo!

4 de ago. de 2013

Dissonância

Finalmente aprendi com a vida...
As palavras ofensivas e os trancos
Ainda que me surpreendam
Já não mais me assustam como antes
Aprendi que cara feia
Não é apenas barriga vazia
É falta de apetite de vida
É desequilíbrio de mente
É desatino de alma
É noite vazia de calma
É cama vazia de sonhos
É vida vazia de musica
É total carência de dança...
É...Finalmente cresci
Perdi o medo de gestos deselegantes
E de ecos assombrosos
É na dissonância do som ambiente
E nos passos desalinhados
Que a gente mais aprende

(Lu Nogfer)